segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Primeiro PARNASO A NOITE de 2011

O ano de 2011 já começou bem! Nessa última quinta-feira, 24 de fevereiro, aconteceu o primeiro "PARNASO A NOITE" de 2011. Uma parceria SESC - UNIFESO - PARNASO, onde ecologia na veia e muita disposição fazem parte de uma programação altamente radical!

Desta vez, cerca de 35 pessoas entre organizadores, professores biólogos e estudantes do primeiro semestre do Curso de Ciências Biológicas do UNIFESO estavam presentes.

Muita animação no início da caminhada quando a chuva parou

Os aventureiros enfrentaram uma noite quente e chuvosa num passeio altamente ecológico percorrendo uma das mais radicais trilhas do Parque Nacional da Serra dos Órgãos - PARNASO, a "Trilha Suspensa", em uma grande aula de Botânica, Ecologia e Zoologia, ministrada pelos professores biólogos Carlos Alfredo Cradoso, Luiz Paulo Fedullo e Renan Loureiro (Responsável Técnico).

Grupo em meio a chuva e a vegetação no alto da Trilha Suspensa

Com muita animação e disposição, o grupo, munido de lanternas, venceu os obstáculos e curtiu mais uma agradável noite em contato direto com a natureza, constatada pela presença de diversas espécies de animais; entre os quais mamíferos como cuicas e tatus, além de moluscos gastrópodes e muitos anfíbios como um "sapo de chifres"; espécie Proceratophrys appendiculata, e uma "perereca ou sapo martelo" - Hypsiboas faber.

Espécie de molusco gastrópode muito comum na região - Achantina sp.

"sapo de chifres" - Proceratophrys appendiculata

"sapo martelo" - Hypsiboas faber

Segundo o biólogo Renan Loureiro, a grande quantidade de moluscos e anfíbios encontrada, foi devido ao tempo chuvoso somado a temperatura ainda elevada, propiciando condições ideais para a alta atividade dessas espécies. O biólogo Luiz Paulo Fedullo destacou a presença da interessante espécie de "sapo de chifres", ressaltando o aspecto diferente da mesma. Para o biólogo Carlos Alfredo, presente em todos os eventos, este último aparentemente foi o melhor por diversos motivos.

Ao final, uma pequena confraternização com o grupo, com direito a muito guaraná natural oferecido pelo SESC Rio de Janeiro - Unidade Teresópolis.

Foto com todo o grupo de aventureiros ao final da caminhada

Não parou por aí, segundo Adriano Sampaio, responsável do SESC pelo evento e amante da natureza, a próxima caminhada já está pré agendada para o início do mês de abril. Portanto, é só aguardar e conferir!

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Descoberto dinossauro monodáctilo!

Cientistas chineses anunciaram na última segunda-feira (24/01/2011), a descoberta de um dinossauro do tamanho de um papagaio com apenas um dedo em cada pata.

O novo dinossauro foi descoberto em uma formação rochosa rica em fósseis que data do período Cretáceo, entre 84 e 75 milhões de anos. O local fica perto do interior da cidade de Linhe, na Mongólia, que ajudou a inspirar o nome do dinossauro.

Linhenykus monodactylus (Imagem National Geographic)

O Linhenykus monodactylus é um membro dos dinossauros terópodes, grupo de carnívoros bípedes que inclui os tiranossauro rex e o velociraptor.

A maioria dos terópodes tinham três dedos em cada pata. Mas o Linhenykus pertence a uma família conhecida como alvarezsauroides. Estes animais são pequenos, de pernas longas com um dedo grande ao lado de dois dedos pouco funcionais, como duas protuberâncias.

Fósseis de alvarezsauroides foram encontrados na América do Norte e Sul e também na Ásia, as espécies datam do período Jurássico tardio até o fim do período Cretáceo. Encontrar um alvarezsauroide na Ásia com essa data acrescenta à história de dispersão deste grupo ao redor do mundo, conforme explicado pelo pesquisador líder do estudo e do Instituto de Paleontologia de Vertebrados e Paleoantropologia de Pequim, Xu Xing. "Eles provavelmente se originaram na Ásia, então se dispersaram da Ásia para ‘o antigo supercontinente’ Gonduana, depois voltaram para a Ásia e, finalmente, da Ásia à América do Norte", disse ele.

A pata do Linhenykus não tem um osso de sobra para um segundo dedo, mas “a protuberância de um dedo não teria sido usada”, acrescentou Xu. Isso faz dele o único dinossauro conhecido de um dedo só, finalizou o especialista.

Os outros dinossauros deste grupo provavelmente não faziam muito uso de seus dedos funcionais, notam os autores do estudo. Mas os dedos extras teriam sido biologicamente de baixo custo de manutenção, por isso não desapareceram totalmente.

Os cientistas acreditam que os dinossauros usavam seu dedo médio para a escavação, o que o teria tornado maiores, levando ao eventual desaparecimento dos dois dedos não funcionais. No entanto, o único dedo deste dinossauroe ra menor do que o dedo médio de espécies com três dedos. "Nós não vemos isso muitas vezes na evolução dos dinossauros", disse Xing.

Em contrapartida, o Linhenykus monodactylus não tinha protuberância vestigial funcional, e seu longo dedo não foi tão especializado para escavação, como os dedos de outros alvarezsauroides. Isso demonstra que a evolução da pata neste grupo "não segue uma tendência linear simples", descrevem os autores do estudo.

A análise cladística (método de análise das relações evolutivas entre grupos de seres vivos, de modo a obter a sua "genealogia") do Linhenykus identifica-o como o mais simples parvicursorine, além dos dois dedos, que apresentam morfologia delgada e outras características primitivas.

No entanto, também ele é uma novidade evolutiva, por apresentar a redução mais extrema dos dígitos manuais laterais, vistos em qualquer alvarezsauroide. As falanges são retidas somente no dedo médio, tornando-o o único dinossauro monodáctilo funcional, conhecido.

A surpreendente combinação de características vistas nas patas do dinossauro encontrado, aponta para um complexo padrão de mosaico na evolução dos alvarezsauroides, com a perda dos dedos vestigiais dissociado da mudança na forma de um segundo dedo.

Fonte - CICLO VIVO