sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Cientistas descobrem primo distante do homem, desaparecido há 30.000 anos


Esqueleto do ancestral humano (fêmea humana)

WASHINGTON (AFP) - O sequenciamento de um genoma obtido a partir de um osso e um dente de um hominídeo extinto entre 30.000 e 50.000 anos revela que este primo distante do homem, até agora desconhecido, estava aparentado com o homem de Neandertal e com os ancestrais dos habitantes da Nova Guiné.

Uma equipe internacional de pesquisas coordenada pelo antropólogo Svante Paabo, do Instituto Max-Planck, na Alemanha, conseguiu sequenciar o genoma nuclear deste hominídeo desaparecido entre 30.000 e 50.000 anos.

O osso e o dente foram localizados em 2008 na caverna Denisova, situada no sul da Sibéria.

Os investigadores determinaram que se trata de uma fêmea pertencente a um grupo de hominídeos que compartilhavam uma antiga origem com os neandertais, e que depois se separaram.

Estes "novos" hominídeos, batizados denisovanos em função do nome da caverna, levantam novas perguntas sobre as origens do homem moderno, segundo o trabalho dos pesquisadores publicado na revista britânica Nature desta quinta-feira.

Ao contrário dos neandertais, os denisovanos não contribuíram para o patrimônio genético dos euroasiáticos modernos. No entanto, compartilham de um número elevado de variações genéticas com as populações atuais da Papua-Nova Guiné, que podem ter herdado em seu DNA até 5% dos genes dos denisovanos.

Isso leva a pensar que houve cruzamentos entre os denisovanos e os ancestrais dos melanésios quando estes últimos se separaram das populações da Eurásia para imigrar para o leste.

Mas se ignora quando, onde e em que proporção estes cruzamentos ocorreram, advertem os autores do estudo.

Com estas novas revelações, os cientistas acham que os ancestrais dos neandertais e os denisovanos saíram da África há cerca de 500.000 anos.

Os neandertais se expandiram para o Oriente Médio e Europa, enquanto que os denisovanos o fizeram rumo à África, onde há uns 50.000 anos se reproduziram com os humanos, que haviam se instalado ao longo do litoral do sudeste asiático.

"O fato de que os denisovanos tenham sido descobertos no sul da Sibéria e tenham contribuído para o patrimônio genético das populações da Nova Guiné mostra que a presença desse grupo pode ter se expandido na Ásia desde o final do Pleistoceno, ou seja, entre 400.000 e 50.000 anos antes e nossa era", explicou David Reich, professor adjunto da faculdade de medicina da Universidade de Harvard, um geneticista que realizou a análise genética das populações.

Alguns fósseis descobertos na China, por exemplo, não se parecem com o homem de Neandertal, nem com os humanos modernos ou o Homo erectus, um ancestral mais antigo do homem.

Estes investigadores questionam se estes fósseis poderiam estar aparentados com os denisovanos. Para saber isso, vão realizar pesquisas na Sibéria, na zona onde foram encontrados os ossos do dedo e o dente a fim de descobrir mais fósseis denisovanos.

Dessa forma, será possível fazer comparações com os fósseis de hominídeos descobertos na China, como o crânio de Dali, que data de 200.000 anos e foi encontrado na China central.

Para Svante Paabo, "a combinação do genoma do homem de Neandertal e dos denisovanos revela a complexidade das interações genéticas entre nossos ancestrais e os diferentes grupos antigos de hominídeos".

Paabo conduziu o sequenciamento do genoma do homem de Neandertal e revelou, em maio passado, os cruzamentos com os ancestrais do humano moderno, que teriam entre 1% e 4% de genes do Neandertal.

Fonte - AFP

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

CIências Biológicas - UNIFESO na Semana de Ciência e Tecnologia 2010

Cerca de 100 alunos de Ciências Biológicas do UNIFESO e professores do curso estavam presentes no evento do final de semana do último 23 de outubro dentro da "Semana de Ciência e Tecnologia" que ocorreu em todo país. O evento ocorreu na "praça olímpica" de Teresópolis e segundo os visitantes foi um sucesso.

"Levar a Biologia a todos os lugares e a todas as pessoas, além de melhorar as condições de vida em nosso planeta e na sociedade em que vivemos... Essa é a nossa missão como Biólogos e futuros profissionais da Biologia!"

Professores Carlos Alfredo e Renan Loureiro em meio aos estudantes de Biologia e Veterinária do UNIFESO em frente a lona que abrigou o evento aberto ao público.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

O Mistério dos Lobos

O lobo, Canis lupus, é sem dúvida uma das mais misteriosas criaturas, fruto de inúmeras supertições, histórias de "lobisomem" e as demais relações surreais com o dito poder do "Mal"; que sobrevive ao passar do tempo como um animal enigmático e repleto de particularidades.

Trata-se de um belíssimo animal selvagem, mamífero, pertencente a família Canidae (canídeos), ordem Carnivora (carnívoros), incluído no mesmo grupo do "cão doméstico" (Canis familiares), do "coiote" (Canis latrans) e do "chacal" (Canis mesomelas).

Canis familiaris, no caso, "lobo-da-alsácia" (Pastor Alemão)

Canis latrans - "coiote"

Canis mesomelas -"chacal"

Mede cerca de 1,60 m de comprimento por 80 cm de altura. Pesa em média de 50 ou 60 kg. Pode viver geralmente de 16 a 20 anos.

Consegue atingir uma velocidade de 45 km/h quando perseguindo suas presas ou mesmo fugindo assustado. Pode ser muito perigoso se acoado ou encurralado sem meio de fugir.

Possui mandíbula e dentes muito poderosos. Se diferencia do cão doméstico em algumas características presentes nos ossos do crânio, pois o lobo tem os flancos finos, ossos e músculos salientes, bem como olhos não dispostos horizontalmente, como nos cães, mas em linha oblíqua.

Canis lupus - "lobo-cinzento"

Pode apresentar as mais diversas tonalidades de pelagem, às vezes com indivíduos de um mesmo grupo e com pêlos de cores totalmente diferentes.

Habita as regiões setentrionais da Europa, Ásia e América, raramente vive isolado de seu círculo familiar (alcatéia). Tem preferência por florestas temperadas e locais frios.

Alcatéia de "lobos-cinzentos" (Canis lupus)

Como já citado, forma grupos familiares com hierarquia bem definida e costuma caçar em bandos. Individuos adultos e suas crias constituem a unidade básica do grupo, que se estabelece em um território e o defende marcando-o com urina e fezes.

Os lobos dentro de sua estrutura social muito hierarquizada, como o Canis lupus "ibérico", mostram modelos de comportamento concreto para informar sua posição social de domínio ou submissão. E constantes duelos pelo controle da liderança do grupo.

Canis lupus "ibérico"

Canis lupus - "lobos cinzentos" em um duelo

O lobo emite um uivo muito peculiar, que é mais fácil de ser ouvido durante o acasalamento, no inverno, estação em que as fêmeas fazem seus ningos com folhas e pêlos em rochas, grutas ou tocas. São animais que zelam por suas crias com a própria vida.

Lobo uivando na época do acasalamento (outono - inverno)

O lobo é um animal predador com o qual o cão pode se hibridar; há muitas subespécies geográficas que se diferenciam em porte, pelagem e forma. Todas de acordo com o tipo de cruzamento realizado. Muitos até induzidos pelo homem, desde a época primitiva.

É de hábitos noturnos e evita o contato com o homem. Extremamente caçado devido aos estragos que provoca em regiões de ocupação humana, principalmente quando em alcatéia, desapareceu de algumas regiões, mas é protegido por severas leis de diversos países, como o Canadá, onde ajudam a controlar naturalmente a multiplicação de mamíferos cervídeos.

Respeitar esse animal e permitir o seu estudo, são medidas cabíveis para a conservação dessa espécie tão bela e fascinante.

O futuro dos lobos não depende pura e exclusivamente do respeito aos limites naturais impostos entre os lobos e a presença humana, mas como também da preservação de seus territórios e da ocupação sustentável de novas áreas urbanas, próximas a esses territórios, com a correta exploração manutenção das condições e recursos ambientais; fatores que garantirão a convivência harmônica e pacífica entre lobos e homens.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Parabéns Biólogo!

03 de Setembro...

"Dia do Biólogo
"

Defendendo e conservando a vida no Planeta!

Biólogo com muito orgulho!

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Mais um "PARNASO A NOITE"

Na última terça-feira, dia 17 de agosto, realizou-se mais um "PARNASO A NOITE". Uma parceria super ecológica e saudável do SESC Rio de Janeiro - Unidade Teresópolis, Ciências Biológicas - UNIFESO e Parque Nacional da Serra dos Órgãos - PARNASO.

Na ocasião, cerca de 40 pessoas entre estudantes do curso de Ciências Biológicas e Farmácia do UNIFESO e convidados, participaram da caminhada mais radical da cidade.

Aventureiros que enfrentaram o frio de 4º C durante a caminhada

O frio estava intenso, cerca de 4º C, mas a disposição do grupo foi total, ainda mais sob o maravilhoso céu estrelado que fazia durante a noite da aventura.

A atividade teve início às 19:30 horas, com uma pequena parada no Centro de Visitantes do PARNASO, seguinto pela estrada até a Barragem e com a volta pela fantástica Trilha Suspensa e o tão esperado e desejado chocolate quente, fornecido pelo SESC.

Detalhe da Trilha Suspensa

Pausa para inúmeras fotos no meio da Trilha Suspensa

Os participantes tiveram a oportunidade de estar em contato direto com a natureza e aprender curiosidades à respeito de animais, plantas e mesmo da ecologia do local, graças à presença dos professores Renan Loureiro (Zoólogo) e Marcelo Souza (Botânico), além do professor e coordenador da Biologia-UNIFESO, Carlos Alfredo.


Registros da fauna e flora durante a caminhada noturna

Outubro tem mais PARNASO A NOITE...
E aí... Vai encarar ?

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

O Jardim Botânico que "ninguém" vê!

No útlimo domingo, 15 de agosto, 40 estudantes do 2º Período do Curso de Ciências Biológicas do UNIFESO, acompanhados pelo Coordenador do Curso, Carlos Alfredo e pelos professores Marcelo Souza (Botânica) e Renan Loureiro (Zoologia), participaram de uma visita técnica guiada ao Jardim Botânico do Rio de Janeiro - JBRJ.

Foto by Marcelo Medeiros

Nem o céu nublado e o tempo frio que fazia no Rio na ocasião foi capaz de desanimar o grupo. Com intuito de passar o dia em um dos mais importantes parques/ institutos de pesquisas do país, os 40 futuros biólogos, passaram cerca de 5 horas envolvidos numa aula especial de Botânica conduzida pelo professor Marcelo, auxiliado pelo professor Renan e pelo coordenador Carlos Alfredo.


Tratando-se de um importante local de conservação e exibição de espécies vegetais com representantes do Brasil e do mundo, o grupo pode absorver muita informação à respeito das plantas e mesmo de alguns animais que resolveram marcar presença na visita, além do aspecto cultural que envolve o parque, o verdadeiro objetivo desta postagem.

Diversos animais de diferentes espécies entre invertebrados e vertebrados podem ser vistos como registrado pelas lentes do estudante do 2º período, Marcelo Medeiros.

Foto by Marcelo Medeiros

Foto by Marcelo Medeiros

E mesmo por minhas lentes de fotógrafo amador devido à profissão Biólogo, com muito orgulho...



Confesso que capturar uma imagem desses animais é uma tarefa um tanto difícil, tendo em vista que são muito ariscos e extremamente rápidos. Típico de primatas de pequeno porte como o Cebus apella - "macaco-prego" ou "capuchinho".

Fundado em 1808 por D. João VI, o Jardim Botânico do Rio de Janeiro recebeu desde sua criação características presentes nos mais famosos e importantes parques espalhados pelo mundo, principalmente no que diz respeito à arte e paisagismo, motivo principal de sua criação.

Que sobreviveu bravamente aos mais de 200 anos e inclusive a transição de Monarquia para República, como mostra os magníficos marcos em ferro fundido.


Sob um novo olhar, um outro ponto de vista, aí estão algumas imagens do que "ninguém" ou pouca gente vê em meio a exuberante flora do Jardim Botânico.



A interessante combinação do ferro fundido com a água em um belíssimo contraste, que pode ser contemplado na magnífica fonte nesse chafariz e em bebedouros como este acima, espalhados pelo parque.


Outro exemplo é o "Memorial Mestre Valentim" com essas duas belíssimas estátuas. Mas não é só ferro fundido que podemos observar caminhando pelas aléias do Jardim Botânico. Muita pedra esculpida também é vista, como o pórtico, a coluna de granito e a estátua abaixo.



Essa é apenas uma pequena amostra do que se "esconde" em meio as aléias do parque. Mas que já ilustram e justificam o objetivo dessa postagem.

Uma coisa é certa...

A paz em contato com a natureza e a beleza que o Jardim Botânico oferece, além dos aspectos histórico e artístico-cultural, são motivos de sobra para uma visita bem demorada. Confira! E veja com outros olhos o Jardim Botânico que "ninguém" vê!